segunda-feira, julho 26, 2010

"Longe de casa a mais de uma semana..."

Todos os dias são diferentes no Rondon... Alto Paraíso se torna cada dia mais, um estranho-lugar- comum para nós rondonistas, ou seja, estamos nos acostumando em esperar o inesperado, sem saber o que há pro vir mas de peito aberto pra encarar. Acho que o que gera esta coragem se deve à amizade que construimos a cada dia com pessoas que conhecemos há pouquíssimo tempo, mas que já se tornaram grandes amigos e que podemos recorrer em qualquer situação. Posso dizer em nome de todos os integrantes do projeto que tivemos muita sorte os colegas que fomos obrigados a conviver, não tivemos problema algúm de convivência (pelo menos até agora...). Nossos mestres já se transformaram em “pai” e “mãe”: aconselham e se preocupam com cada passo que damos, mas sempre nos tratando com transparência, respeito e sabedoria, coisa que só quem realmente ama consegue fazer. Também consolidamos cada vez mais laços de amizade com o pessoal do Paraná. Todos são muito gente boa e animados, com certeza são amigos que quero levar comigo pelo resto da vida!


Ontem tivemos nosso primeiro dia (merecido) de folga. De manhã, o padre nos convidou para uma missa em comemoração ao dia de todos os santos e nos homenageou no final da cerimônia. Ficamos sabendo que o padre é linha dura, então, se ele nos agradeceu a presença e nos fez uma homenagem, sinal de que as coisas vão bem. Logo depois, fomos para um sítio que nosso amigo Gildo nos arrumou. Ao som de um violão e um bando de pessoas “extremamente afinadas” durante todo o percurso, assamos uma carninha e um peixe típico da região chamado Tambaqui. O lugar era muito bonito, contanto com um lago de água cristalina e gansos assassinos que foram afogados (piada interna.... hehe). Na volta, resolvemos passar por um garimpo, mas no meio do caminho, um contratempo: quebra uma peça (que não tenho a mínima ideia do que seja, mas era uma peça grande!) e trava a roda do mini-ônibus... mais uns quarenta minutos de espera até o motorista conseguir resolver o problema. Devido ao contratempo, ficamos pouquissimo tempo no garimpo, mas tempo suficiente para os engenheiros ambientais da equipe ficarem indignados com a visão da falta de planejamento e de controle ambiental, fruto apenas da ganância do homem.

Hoje, de volta à labuta! Com energia renovada para iniciar o término do trabalho na cidade de Alto Paraíso! Faltam poucos dias pra nossa viagem de volta, e devemos começar a pensar no prazo dos trabalhos ainda não terminados. Continuamos o trabalho da horta que iniciamos no sábado. Três de nós (Prof/Pai Maurity, Pedro e Cynthia) foram para Porto Velho, fazer um trabalho junto à prefeitura de Alto Paraíso, e vão perder a partida de Volei que fazemos na quadra da escola onde estamos alojados.





No mais, está tudo igual: cada dia diferente.

Raoni Jardim